Que a música faz
bem ao corpo e a mente, todo mundo sabe (ou já sentiu). Você ouve um acorde
ali, outro acolá e em poucos segundos é tomado por emoções que acalmam fazem
você viajar no tempo e relaxar.
Mas você sabia que além de relaxar, alegrar e trazer à tona lembranças e
saudades, a música pode agir em nosso organismo curando doenças?
Uma pesquisa realizada pela Escola de Medicina da Universidade de Maryland, em
Baltimore, nos Estados Unidos, analisou 10 mil voluntários fumantes e sem
problemas de saúde.
Entre outras atividades, os cientistas pediram aos pacientes voluntários que
elegessem uma canção que os fizesse se sentir bem e outra que aumentasse a
ansiedade.
musicoterapia
Após a pesquisa, os
cientistas perceberam que os vasos sanguíneos dos braços dos voluntários se
dilataram em 26% após ouvirem uma música alegre, enquanto as canções que
lembravam tristeza e causavam ansiedade provocaram uma redução de 6% no fluxo
sanguíneo.
Você sabe porque isso
acontece?
Quando escutamos música, nosso ouvido transforma os sons em estímulos elétricos
que chegam ao nosso cérebro provocando o aumento da produção de endorfina.
Este hormônio, por sua vez, causa sensação de bem-estar e relaxa o corpo, diminuindo os
batimentos cardíacos e a pressão arterial.
"Nosso organismo é dotado de uma Identidade Sonora, chamada de ISO, que
comanda nossa percepção e produção dos sons. Quando há um desequilíbrio neste
sistema, a pessoa doente se sente menos motivada e mais triste e a música
consegue trazer de volta o equilíbrio que ela precisa", explica a fundadora
e coordenadora do curso de musicoterapia da FMU, Maristela Smith.
Como funciona a Identidade
Sonor
Todos nós nascemos
dotados da capacidade de produzir sons universais, como tossir, espirrar,
estalar os dedos, dentre outros, porém, através de nossa identidade sonora,
produzimos estes sons de maneiras distintas e somos capazes de identificar as
diferenças.
Assim, um simples espirro, por exemplo, é um som produzido por todos, porém,
cada um de nós tem um jeito particular de espirrar. E isso acontece com todos
os outros sons produzidos pelo nosso corpo: batimentos cardíacos, pulsação,
andar, dentre outros.
Quando uma pessoa está doente, estes sons internos acabam saindo de seu ritmo
natural, que é harmônico, entrando em desequilíbrio, e é nesse momento que a
música pode ser usada como tratamento. "Através de sons externos, ou seja,
da música e de outros sons corriqueiros no dia a dia, conseguimos trazer de
volta este paciente para o seu equilíbrio rítmico e isso favorece a sua
recuperação", explica Maristela.
Mas não é só ao coração
que a música fez bem
A sensação de prazer
enquanto escutamos uma música é tão grande, que ela se tornou instrumento de
terapias médicas auxiliando na recuperação de pacientes com diversos males e
tem dado grandes resultados.
São hipertensos, doentes crônicos, crianças com problemas cognitivos e até
portadores de necessidades especiais: "a musicoterapia tem o poder de
curar ou ao menos amenizar os problemas de saúde dos pacientes sem o uso de
medicamentos. Não que ela substitua o tratamento convencional, mas muitas vezes
agiliza o processo de recuperação diminuindo o sofrimento do doente",
explica a musicoterapeuta Suzana Brunhara.
Como funciona a
musicoterapia?
As sessões são em
grupo ou individuais e dependem muito do perfil de cada paciente. Em geral, eles passam por uma avaliação,
através de um questionário em que têm que relatar todo o seu histórico de saúde
e suas preferências musicais, e depois por sessões de audição e produção de
diversos tipos de sons.
"A ideia é perceber as reações do paciente a cada som que ele escuta para
então identificar o que mais mexe com suas emoções. Depois disso, vamos aliar
atividades que tenham a ver com o seu problema a músicas que o trazem ao
equilíbrio", explica a musicoterapeuta Suzana Brunhara.(musicoterapia)
Histórico musical
Embora muita gente
confunda, o histórico musical da pessoa não está diretamente relacionado ao
gosto pessoal dela, e sim as reações que ela tem a determinados sons.
Dessa forma, você pode gostar de rock, mas ficar com dor de cabeça ao ouvir
este gênero durante muito tempo.
O histórico pode sim ser determinado pelo gosto particular, mas em geral,
está ligado a nossa memória auditiva que registra as sensações que determinadas
batidas causam em nosso organismo fazendo com que sempre que a escutemos,
sintamos a mesma sensação, afirma Suzana.
Se a música não agrada, a
dor pode ser maior
Suzana explica que a
escolha da música é fundamental para a cura do paciente. Escolher a música
inadequada para o estado clínico da pessoa pode intensificar os sintomas e até
causar efeitos contrários graves, dependendo do caso.
"Se o paciente sofre de algum distúrbio psíquico, por exemplo, e ouve uma
música que o deixa alterado, ele pode chegar a ter um surto psicótico, por
exemplo. Por isso, é preciso muita observação durante os primeiros dias do
tratamento e ao histórico musical da pessoa", explica.
Fonte: Guia do Coração
Feito por Natalia Do Vale
Eae Galera !! pra quem estava entrando do blog mais não podia comentar ou não estava conseguindo comentar... já foi configurado...agora é só deixar seu recadinha ....valeu !!